AMPLIAÇÃO ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE JERI

21/05/2022

Está em execução pela CAGECE, o projeto de Ampliação e Melhorias do Sistema de Esgotamento Sanitário da Vila de Jericoacoara, que prevê a construção de um EMISSÁRIO SUBMARINO.

Conforme descrito e relatado no projeto, a população fica bastante temerosa com projetos dessa magnitude e que teve pouca transparência, falta de informação para os moradores.

Hoje já podemos observar, máquinas fazendo a perfuração do serrote e que moradores nos procuram para mais detalhes, devido a falta de divulgação do projeto para a população.

O projeto tem um valor de aproximadamente 28 milhões para sua conclusão.

A concepção pré-definida do sistema de esgotamento sanitário da vila de Jericoacoara constitui de algumas melhorias no sistema existente, além de ampliação de acordo com o novo estudo populacional. De acordo com essas premissas, o anteprojeto em questão contemplará substituição e ampliação de rede coletora e ligações prediais, melhorias e ampliação da estação elevatória 1, implantação de mais 1 (uma) linha de recalque paralelo
à existente, acréscimo de proteção para linha de recalque existente e projetada, melhorias no módulo da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE existente, ampliação da ETE e modificação do lançamento do efluente tratado para EMISSÁRIO SUBMARINO.

O tratamento proposto terá padrão de lançamento superior (decisão da companhia, após estudos, ou seja, tratamento secundário), aos padrões de lançamento exigido pelo COEMA 02/2017 e CONAMA 430/2011 tratando-se de disposição final por meio de EMISSÁRIO SUBMARINO.

A definição por tratamento secundário seguido por desinfecção, deu-se pelo princípio da precaução e prevenção que está atrelado a natureza e localização do empreendimento, além da minimização do impacto ambiental provocado pelo lançamento. Jericoacoara está localizada em uma área de proteção integral, delimitada por um parque nacional. Além de todas as precauções ambientais, Jericoacoara está entre os primeiros destinos preferidos pelos turistas. Além de tudo, em reuniões com a população residente e ICMBio,
mostraram-se bem resistentes e temerosos com o tratamento e lançamento deste efluente. Sendo assim, a concessionária decidiu por medida preventiva manter o tratamento em nível secundário. Por isso, o nível de tratamento no mínimo secundário, deverá ser mantido mesmo com lançamento em EMISSÁRIO SUBMARINO.

A pré-definição de extensão e profundidade do emissário submarino deu-se através de um estudo, que se baseou nas cartas náuticas da Marinha do Brasil. Através da Batimetria da área marinha mais próxima verificou-se que Jericoacoara apresenta profundidades bastante reduzida. Através destes dados foi analisado a extensão requerida, a qual foi superior a dois km, por meio da verificação da pluma de dispersão. Adotou-se uma profundidade mínima de sete metros de forma a reduzir o impacto da zona de arrebentação sobre a estrutura e o ancoramento dos dutos, de forma a dispensar a necessidade de construção de molhes de proteção.

Durante a etapa de elaboração de projeto básico e executivo serão necessárias campanhas de batimetria e de levantamento das características do solo marinho da região, as quais embasarão o correto dimensionamento dos blocos de ancoragem, ou outras estruturas, necessárias para a adequada fixação da tubulação, bem como para a locação definitiva do emissário e para melhor execução do emissário submarino (sendo de responsabilidade do contratado).

A tecnologia de tratamento escolhida neste anteprojeto entre diversas existentes para o mesmo nível de efluente se deu visando manter uma operação secundária já conhecida pela Cagece (operacionalmente) e por ser o tratamento atual a ser aproveitado na ETE em questão. O lançamento do efluente tratado, atualmente, é através de disposição no solo e foram propostas valas de infiltração em uma das alternativas estudadas. O lançamento no solo teve que ser descartado após os estudos de sondagem do solo na área da ETE. De acordo, com o relatório de sondagem, o nível do lençol freático está bastante raso, impossibilitando a infiltração e inviabilizando a dispersão no solo. E, de acordo com a realidade da localidade, não existindo corpo receptor nas redondezas, só teve como alternativa de lançamento, o EMISSÁRIO SUBMARINO.

A concepção proposta poderá ser modificada, desde que justificada que a alternativa sugerida apresenta igual ou superior padrão de qualidade e economicamente igual ou inferior à concepção proposta em anteprojeto, perante aprovação da Cagece.

Os emissários de recalque e emissário submarino deverão ser executados com capacidade para final de plano. O diâmetro mínimo á ser considerado para o emissário de recalque final e emissário submarino deverá ser de 300mm.

As considerações atendidas, conforme solicitação para Melhorias no SES, foram as seguintes:
- o Substituir trechos da rede coletora, de acordo com o novo estudo de vazões;
- o Acrescentar Leito de Secagem na Elevatória 1;
- o Projeto de uma cerca viva/desodorização em toda a área da estação de tratamento de esgoto;
- Substituir a tubulação de distribuição de ar;
- o Considerar a substituição/acréscimo de 30% do Meio Suporte do Filtro Submerso Aerado;
- o Substituir as tampas dos reatores;
- o Substituir os equipamentos de proteção (escadas, guarda-corpo);
- o Impermeabilização total da ETE, inclusive a Casa de Química;
- o Acrescentar um equipamento de acúmulo de lodo previsto para, pelo menos, 5 anos;
- o Substituir a tubulação externa do soprador, inclusive a que passa pela Casa de Química;
- o Acrescentar a descarga de escuma dos reatores UASB's;
- o Verificar a possibilidade de acrescentar ventilação para casa do soprador;
- o Verificar a correção de retorno de efluente do FSA pela tubulação de ar, quando há o desligamento do conjunto soprador;
- o Verificar a destinação da areia;
- o Verificar a tubulação de coleta de gás do reator UASB que não está fucionando;
- o Modificar o material da tubulação de amostra.
- As soluções propostas para ampliação/melhorias no SES foram os seguintes:
- o Dimensionamento da rede coletora de acordo com o novo estudo populacional;
- o Substituição de rede coletora para diâmetros superiores quando necessário;
- o Ampliação da Estação Elevatória 1, de acordo com a vazão de médio e final de plano;
- o Acréscimo da Linha de Recalque projetada paralela à existente;
- Remanejamento de tubulações existentes na EEE-1, de acordo com o novo layout, acrescida da elevatória projetada;
- o Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto, acrescentando mais 2 (dois) módulos de tratamento para final de plano, 1 (um) módulo para etapa atual;
- o Substituição de bombas e de barrilete da Elevatória Existente da ETE;
- o Acréscimo de outra estação elevatória na área da ETE;
- o Acréscimo de BAG's também no módulo projetado para acúmulo de lodo da ETE;
- o Foi considerado o emissário submarino para o destino final do efluente tratado.